Acidente de moto deixa homem gravemente ferido em Alagoa Grande

Um homem sofreu ferimentos graves em um acidente de moto na rua São Sebastião, em Alagoa Grande. A batida ocorreu no final da manhã desta quinta-feira (25), após Pedrinho do Celular perder o controle da moto, por falta de freio, e descer a ladeira da rua do Cruzeiro, vindo a se chocar com o muro localizado por trás da Igreja Matriz.

Segundo as primeiras informações, Pedrinho sofreu uma forte pancada na cabeça. Uma equipe do SAMU esteve no local e realizou os primeiros socorros, em seguida o conduziu para o Hospital Municipal.





Fotos e vídeos do whatzapp

MOSSORÓ-RN: Polícia Militar prende homem com arma de fogo

Policiais Militares da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas e Viatura de Área do 12°Batalhão prenderam na tarde de quarta feira (24) julho no Bairro Malvinas EVERTHON GOMES DOS SANTOS PINHEIRO, 27 anos, com ele foi apreendido um arma de fogo caseira calibre 12 e munições do mesmo calibre.
Os policiais estavam em patrulhamento quando se depararam com Everthon com arma em punho, ao perceber a aproximação da policia el tentou esconder a arma dentro de uma residência, foi realizada abordagem e dentro da casa os policiais encontraram a arma.

Everthon foi conduzido para 1° Delegacia de Policia Civil onde foi apresentado ao Delegado, após ouvi-loo mesmo foi autuado por posse ilegal de arma de fogo. Na delegacia uma vitima de assalto o reconheceu como sendo o mesmo que teria lhe assaltado horas antes. 

*O Câmera. 

Começam hoje 25 pagamentos diferentes do PIS

Trabalhadores começam a receber hoje (25 de julho) dois pagamentos diferentes relativos ao PIS/Pasep. Um deles é o abono salarial de até R$ 998 para quem trabalhou com carteira assinada em 2018. 
O outro é o rendimento anual do fundo PIS/Pasep, pago somente para quem trabalhou com carteira assinada entre 1971 e 1988 e ainda não sacou os recursos.

É HOJE! 35º ANIVERSÁRIO DE IGREJA DE CRISTO EM SOROROCA!!!

NATAL-RN: DOIS ELEMENTOS MORRERAM EM CONFRONTO COM A POLÍCIA NA ZONA NORTE

Dois homens morreram em um confronto com a polícia no conjunto Nova República, na Zona Norte de Natal. O tiroteio aconteceu por volta das 16h20 desta quarta-feira (24), após uma abordagem da PM. Outro suspeito conseguiu fugir.
De acordo com o subtenente Magnus Mavignier, do 4º Batalhão da Polícia Militar, uma equipe de policiais fazia uma ronda no conjunto, após uma denúncia, e se deparou com os três homens. Eles teriam reagido à abordagem policial atirando. Os PMs revidaram.
Os dois suspeitos atingidos foram socorridos ao Hospital Santa Catarina, contudo não resistiram aos ferimentos e morreram. O terceiro fugiu e não foi mais visto. No local da abordagem, a polícia apreendeu duas espingardas calibre 12 de fabricação caseira, além de drogas e uma balança de precisão.

*G1-RN/Márcio Melo.

VÍDEO] SUSPEITO DE MATAR NAMORADA NO RN FALA PELA 1ª VEZ SOBRE O CASO

Serafim Crisóstomo Júnior é apontado como principal suspeito de ter matado Josierica da Rocha Alves no dia 5 de junho de 2019, em Monte Alegre

Com semblante sério e sem encarar as câmeras. Com esse comportamento, o empresário Serafim Crisóstomo Júnior, 30 anos, falou com exclusividade para o repórter Sérgio Costa, do programa Patrulha da Cidade, da TV Ponta Negra, emissora do Sistema Opinião.
Ele foi preso na tarde da terça-feira (23) apontado pela Polícia Civil como principal suspeito da morte da namorada dele, Josierica da Rocha Alves, 23, assassinada no dia 5 de junho, na cidade de Monte Alegre, Região Metropolitana de Natal. O resultado do laudo de balística apontou que a bala que atingiu a cabeça da estudante veio da arma do empresário, de acordo com a Polícia Civil.
Na cela 2 da Central de Flagrantes da Polícia Civil na noite da terça-feira (23), o suspeito concedeu entrevista sobre o dia do crime e negou envolvimento. “Eu sou tranquilo, tenho a cabeça muito fria, não guardo raiva de ninguém, não tinha para que fazer isso com uma namorada minha. Não sei porque a polícia está fazendo isso. Até agora estou sem saber porque estou aqui”, alegou Serafim Júnior. Ele reafirmou o que disse anteriormente à polícia no dia do crime que a estudante universitária foi morta vítima de latrocínio quando eles dois chegavam em casa.
“Naquele dia eu estava na casa dos meus pais, quando recebi a mensagem dela dizendo que fosse buscá-la em frente ao hospital quando ela chegasse da universidade no ônibus. Fui lá por volta das 23h e em seguida fomos para a minha casa, quando abri o portão eletrônico e entramos com o carro, ela desceu para abrir o outro portão de acesso, que era manual. Foi nesse momento que apareceram dois homens armados. Eu ainda estava dentro do carro e um deles foi com ela para trás do carro. Começaram a atirar e só depois eu atirei contra eles. Não tinha como eu atirar contra ela, que estava nas minhas costas”, relatou.
O crime
O crime que ocorreu no início de junho chocou a pacata cidade de Monte Alegre. Logo após a morte de Érica, como era mais conhecida, o namorado da vítima começou a afirmar à polícia que os dois tinham sido vítimas de tentativa de assalto e ela morreu caracterizando um possível “latrocínio”.
No entanto, as investigações apontaram que a bala alojada na cabeça de Josierica saiu da arma do seu então namorado. Também foram divulgadas pela polícia imagens de câmeras de vigilância mostrando a chegada de Josierica naquela noite e ela entrando no carro do namorado.
Outro vídeo de câmeras de segurança da rua onde fica a casa de Serafim mostram ele saindo no carro depois que o crime teria sido cometido. Sobre esse assunto o suspeito não quis comentar com a equipe de reportagem da TV Ponta Negra.
De acordo com familiares e amigos de Josierica, ela tinha um relacionamento com Serafim Júnior há seis anos. O pai de Érica como era mais conhecida, Erinaldo Alves, conta que não tomou conhecimento de nenhum ato de violência anterior praticado pelo suspeito contra a filha, mas não gostava da relação dela filha com Serafim. “Eu aconselhava ela e nem sabia que eles namoravam há seis anos, para mim eram só três”, afirmou.
O pai afirmou que ficou desconfiado da atitude do namorado da filha alguns dias após a morte dela. “No começo eu fiquei desnorteado e não desconfiei, mas depois quando vi ele andando de um lado para o outro como se nada tivesse acontecido, achei estranho”. Primas da vítima afirmaram que a relação deles era conturbada.

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Juiz da Comarca de Apodi visita treino da Escolinha Show Fundevap


Com muita humildade o Juiz da Comarca de Apodi, Dr. Antônio Borja Almeida Júnior levou sua palavra de motivação para os atletas da Escolinha Show FUNDEVAP na noite de ontem, durante as atividades da garotada no Estádio Antonio Lopes Filho.


Antônio Borja já foi jogador da base do Potiguar de Mossoró e também fez parte da equipe profissional, mas foi para o lado dos estudos que ele conseguiu vencer na vida.“Muito obrigado, Dr Borja por esse momento único em Apodi”, agradeceu o professor Wellington Cristino.

O juiz é um representante do Estado, é quem exerce a função primordial do magistrado. Seu papel é julgar os mais diversos casos que ocorrem em nossa sociedade, cabendo a ele a proferir a decisão, sentença e despacho, por exemplo.

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Café Literário apresenta projeto da Semana de Leitura

O prefeito Alan Silveira, ao lado do secretário de Educação Elmo Alves participou, na manhã desta quinta-feira (25), do Café Literário para apresentação do projeto da Semana de Leitura. O momento aconteceu na Biblioteca Valter de Brito Guerra. Participaram do evento, gestores de escolas, coordenadores pedagógicos, equipe do Pérolas Apodi, equipe pedagógica da secretaria de Educação, e os secretários municipais Alan Rodrigues e Sabino Neto.

“Foi um importante momento literário que apresentou os projetos desenvolvidos pela Biblioteca, culminando com o lançamento do nosso projeto da Semana de Leitura, que acontecerá em setembro. Essa semana foi mais uma ação que a gestão Apodi Cidade de Todos colocou em prática por entender sua importância para a educação de qualidade”, comentou Alan Silveira.

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PF diz que preso confessou invasão ao celular de Moro e de autoridades

PF diz que preso confessou invasão ao celular

 de Moro e de autoridades

Walter Delgatti Neto é apontado como principal suspeito e, segundo investigadores, está colaborando, permitindo acesso a todos os arquivos eletrônicos.

A Polícia Federal apreendeu quase R$ 100 mil na casa de um dos suspeitos de invadir o celular do ministro da Justiça, Sergio Moro, e de outras autoridades

O coordenador-geral de Inteligência da PF, João Vianey Xavier filho, disse que o grupo tem ligação com crimes de estelionato eletrônico e fraudes bancárias.

“O perfil dessas pessoas é relacionado a estelionato eletrônico. Estão relacionados a fraudes bancárias eletrônicas praticados mediante internet banking, engenharia social em contato com possíveis vítimas e fraudes em cartão de crédito e débito, o que é muito comum e a PF já tem expertise. Foi localizado na casa de um dos alvos quase R$ 100 mil. Foi apreendido e já devidamente depositado em juízo”, disse o coordenador.

O dinheiro foi encontrado na casa de Gustavo Elias Santos, que está preso. Segundo o advogado, a origem do dinheiro é lícita, ele opera no mercado de bitcoin, moeda virtual.

Os peritos identificaram um padrão nos ataques aos celulares e pediram informações para as operadoras telefônicas e receberam relatórios de inteligência financeira do Coaf, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

Nas buscas, os agentes apreenderam um computador com atalhos para aplicativos. Policiais também encontraram um aparelho celular do mesmo modelo identificado por peritos. De acordo com a investigação, o grupo de hackers pode ter feito mais de mil vítimas.

“Aproximadamente mil números diferentes foram alvos desse mesmo modus operandi por essa quadrilha, então, há a possibilidade, a gente não tem ainda uma identificação, começamos ainda a fazer isso, há a possibilidade de, realmente, um número muito grande de possíveis vítimas desse mesmo tipo de ataque que está sendo investigado”, afirmou o coordenador da PF.

O diretor do Instituto Nacional de Criminalística, Luiz Spricigo Junior, disse que há indícios de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, também é uma das vítimas do grupo.

“Numa das apreensões no celular do indivíduo estava uma conta em um aplicativo de mensagens vinculado com o nome Paulo Guedes. A gente tem que confirmar isso ainda de forma pericial, mas é um forte indicativo de que a conta seja realmente do ministro”.

Os presos chegaram a Brasília na noite de terça-feira (23). Walter Delgatti Neto e Danilo Cristiano Marques estão na carceragem da Superintendência da Polícia Federal. O casal Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira, na sala de custódia do aeroporto, por questão de espaço.

Gustavo Elias Santos, de 28 anos, o DJ Guto, e Suelen Priscila de Oliveira, foram presos na cidade de São Paulo. Ele tem uma condenação por porte ilegal de arma e passagem na polícia por uso de documento falso. Suelen, mulher de Gustavo, não tinha passagem pela polícia.

Walter Delgatti Neto foi preso em Ribeirão Preto. Conhecido como Vermelho, ele já foi condenado por usar o cartão de crédito de outra pessoa, tráfico, estelionato e falsificação, e já tinha sido preso.

Danilo Cristiano Marques foi preso em Araraquara. Ele já teve condenação por roubo.

Os presos são suspeitos de hackear ou terem envolvimento na invasão de mais de mil números de celulares, entre eles, o do ministro da Justiça e Segurança pública, Sergio Moro; o do desembargador federal Abel Gomes; do juiz federal Flávio Lucas; e dos delegados Rafael Fernandes, da PF de São Paulo, e Flávio Vieitez Reis, da PF de Campinas.

Autoridades ligadas à investigação afirmam que Walter Delgatti Neto confirmou em depoimento que foi o responsável por invadir o celular do ministro Sergio Moro, em junho, e de centenas de autoridades hackeadas. Ele é apontado como principal suspeito e, de acordo com investigadores, está colaborando, permitindo acesso a todos os arquivos eletrônicos.

O advogado Ariovaldo Moreira, que representa Gustavo, disse que o cliente contou que viu mensagens de autoridades no computador do amigo dele, Walter Delgatti Neto, que ele chama de Vermelho.

“Segundo relatos do Gustavo, Vermelho mostrou para ele algumas interceptações de uma autoridade tempos atrás. O que ele me disse é que chegou a ver isso no computador dele. Inclusive ele printou algumas mensagens no computador dele. E ele me disse que, no aplicativo dele, ele devolveu a mensagem para o Walter dizendo: ‘Olha, cuidado com isso que você vai ter problema’”.

Na decisão que autorizou a operação, o juiz Walisney de Oliveira deu detalhes do caminho que a Polícia Federal percorreu para descobrir como os hackers teriam acessado os celulares das autoridades.

Segundo a decisão, os hackers tiveram acesso a um código que é enviado pelo aplicativo Telegram para os usuários, para que eles tenham acesso ao aplicativo por um navegador. Este código pode ser pedido pelo site usando o número do telefone. Depois disso, o aplicativo manda uma confirmação por mensagem de voz que fica armazenada na caixa postal do celular da pessoa.

O invasor então realiza diversas ligações para o número alvo a fim de que a linha fique ocupada e a ligação contendo o código de ativação do serviço Telegram Web é direcionada para a caixa postal da vítima, de acordo com o juiz.

A polícia então adotou a linha investigada de verificar as rotas e interconexões das ligações efetuadas para o telefone que era utilizado pelo ministro Sergio Moro, notadamente das ligações que foram originadas do próprio número telefônico da vítima.

A decisão afirma que foram realizadas 5.616 ligações em que o número de origem era igual ao número de destino.

O juiz Walisney afirmou que “há fortes indícios que os investigados integram organização criminosa para a prática de crimes e se uniram para violar o sigilo telefônico de diversas autoridades públicas brasileiras via invasão do aplicativo Telegram”.

Ele também disse que foram encontradas movimentações financeiras suspeitas nas contas de dois dos quatro investigados.

“Indicou-se ainda que Gustavo Henrique Elias Santos movimentou em sua conta no Banco Original, entre os dias 18/04/2018 e 29/06/2018, o montante de R$ 424 mil, sendo que, em seu cadastro bancário, consta a renda mensal de R$ 2.866. Suelen Priscila, por sua vez, segundo as mesmas informações, movimentou em sua conta no Banco Original a quantia de R$ 203.560, entre 07/03/2019 e 29/05/2019, sendo que em seu cadastro consta a renda mensal de R$ 2.192. Diante da incompatibilidade entre as movimentações financeiras e a renda mensal de Gustavo e Suelen, faz-se necessário realizar o rastreamento dos recursos recebidos ou movimentados pelos investigados e de averiguar eventuais patrocinadores das invasões ilegais dos dispositivos informáticos (smartphones)”.

Em uma rede social, o ministro Sergio Moro parabenizou a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça Federal pelas prisões. Disse que o juiz citou mais de 5.500 chamadas, mas que o celular dele só recebeu três, o que é preocupante, segundo Moro.

O ministro disse que os investigados são “pessoas com antecedentes criminais, envolvidas em várias espécies de crimes”.

Desde o dia 9 de junho, o site Intercept Brasil vem publicando diálogos que atribui ao então juiz Sergio Moro e a procuradores da Lava Jato. As conversas mostrariam, segundo o site, que Moro não teria tido um comportamento isento como juiz da Lava Jato. O Intercept afirmou, desde o início, que recebeu esses diálogos de uma fonte anônima e sempre negou que essa fonte fosse um hacker. Posteriormente, o jornal “Folha de S.Paulo” e a revista “Veja” passaram a trabalhar em parceria com o Intercept, na revelação dos supostos diálogos.

Em nota, o site Intercept Brasil disse que, assim como a melhor imprensa mundial, não comenta assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas e que a operação deflagrada pela Polícia Federal não muda o fato de que a Constituição federal garante o direito do Intercept de publicar suas reportagens e manter o sigilo da fonte, mesmo direito garantido para toda a imprensa brasileira.

O site afirmou, ainda, que vê com preocupação as conclusões precipitadas do ministro Sergio Moro sobre uma investigação que sequer teve seu inquérito concluído.

O jornal “Folha de S.Paulo” disse que teve acesso às mensagens atribuídas aos procuradores e ao então juiz Sergio Moro e que o site Intercept disse ter recebido de uma fonte anônima. O jornal disse que não detectou nenhum indício de que o conteúdo possa ter sido adulterado.

A “Folha” afirmou ainda que não comete ilícito para obter informações nem pede que ato ilícito seja cometido neste sentido. Mas, segundo o jornal, pode publicar informações que foram fruto de ato ilícito, se houver interesse público no material apurado.

A revista “Veja”, também em nota, disse que fez parceria com o site Intercept para análise do material obtido pelo site e que o jornalista Glenn Greenwald afirmou que o material lhe foi repassado por uma fonte anônima.

A revista “Veja” disse que não tem informação sobre quem seria essa pessoa nem como ela obteve o conjunto de diálogos.

A revista, segundo a nota, realizou análise da autenticidade das mensagens, que comprovou a veracidade delas. A partir de um criterioso trabalho, e em nome do interesse público, segundo a “Veja”, decidiu publicar as reportagens sobre a conduta do ex-juiz Sergio Moro.

O advogado de Walter Delgatti Neto afirmou que assumiu a defesa neta quarta-feira (24) e que vai conversar com o cliente e buscar acesso ao depoimento prestado na terça-feira (23)

Por Jornal Nacional

Preso disse à PF que amigo queria vender conversas de Moro ao PT, diz advogado

PF encontra R$ 100 mil na casa de suspeito de hackear 

celular de Moro

Defesa disse que Gustavo Santos fez a afirmação em depoimento nesta quarta-feira. Segundo ele, o cliente não sabe se as mensagens foram de fato vendidas.

O advogado Ariovaldo Moreira afirmou na noite desta quarta-feira (24) que seu cliente, o DJ Gustavo Henrique Elias Santos, disse em depoimento à Polícia Federal que a intenção de Walter Delgatti Neto, amigo do DJ e apontado como o hacker que invadiu os celulares do ministro Sergio Moro e outras autoridades, queria vender ao PT as mensagens que obteve.

Moreira deu as declarações após os depoimentos prestados por Gustavo Santos e pela mulher dele, Suelen Priscila de Oliveira, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde estão presos.

Saiba quem são os suspeitos de envolvimento em invasão do celular de Sergio Moro

Após a divulgação das declarações do advogado, o PT emitiu nota na qual afirma que o inquérito que apura a atuação de supostos hackers para invadir o celular do ministro Sérgio Moro (Justiça) se tornou uma "armação" contra o partido.

Segundo o advogado, Gustavo Santos disse aos investigadores que ouviu essa versão do próprio Walter Delgatti.

"Essa informação, isso daí está nos autos, é oficial. Então, ele confirma que o Walter mandou mensagem para ele, mandou inclusive parte da interceptação telefônica do juiz Sergio Moro e a intenção, segundo ele, o meu cliente, ele dá conta de que o Walter disse a ele que a intenção era vender esse produto, essas informações, para o Partido dos Trabalhadores", declarou.

De acordo com o advogado, Walter Delgatti manifestou essa intenção "na hora que ele mostrou as informações" para seu cliente. "Meu cliente [DJ Gustavo Henrique Elias Santos] falou para ele mais de uma vez: 'Rapaz, isso é um pouco perigoso, toma cuidado'. E ele falou: 'A minha intenção é vender para o Partido dos Trabalhadores".

Sem informações sobre venda de material

O advogado afirmou que Gustavo Santos tem conhecimento somente da suposta intenção de Delgatti de vender o material, mas disse não saber se ele procurou alguém e se vendeu.

"Meu cliente não tem essa informação. A única coisa que meu cliente narrou é que o Walter disse para ele a intenção de vender isso para o Partido dos Trabalhadores. Se ele vendeu, se ele não vendeu, se ele entregou esse material gratuitamente pra alguém, isso nós não sabemos"

Segundo Moreira, o cliente disse no depoimento que Delgatti é "um sujeito bem propenso ao Partido dos Trabalhadores. É uma pessoa que tem uma certa simpatia ao Partido dos Trabalhadores".

De acordo com registro no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Walter Delgatti Neto é filiado ao DEM em Araraquara (SP) e está com a filiação em situação regular.

Segundo o advogado, "no primeiro momento o Gustavo não acreditou quando ele [Delgatti] encaminhou para ele parte das conversas. Aí, num segundo momento, que além das conversas do juiz, ele apresenta outras pessoas interceptadas, que, segundo consta, que, segundo o Walter narra, foi ele que interceptou".

Íntegra

Leia a íntegra da entrevista coletiva do advogado Ariovaldo Moreira:

Como é que foram os depoimentos?

Advogado Ariovaldo Moreira: O Danilo foi ouvido hoje, que seria um dos quatro acusados. Os meus clientes foram ouvidos na sequência. Foram ouvidos, primeiro, o Gustavo e depois a Suelen. Com relação ao Gustavo, é exatamente o que eu tinha narrado aos senhores. Ele confirma que o Walter tinha realmente, ao menos, informações acerca da conta do Telegram do juiz Sergio Moro. Ele tinha essas informações. A única coisa que ele acrescentou a mais do que eu disse para vocês, é que a intenção dele era vender essas informações para o PT. Essa informação, isso daí está nos autos, é oficial. Então, ele confirma que o Walter mandou mensagem para ele, mandou inclusive parte da interceptação telefônica do juiz Sergio Moro e a intenção, segundo ele, o meu cliente, ele dá conta de que o Walter disse a ele que a intenção era vender esse produto, essas informações, para o Partido dos Trabalhadores.

Intenção de quem?

Advogado Ariovaldo Moreira: Intenção do Walter. O meu cliente não está envolvido nessa empreitada criminosa. Isso tudo é muito claro pelas informações que eu já recebi, pelo depoimento do Danilo. Não tive acesso ao depoimento do Walter Delgatti. Na verdade, eu não quero atrapalhar as investigações. O delegado me pediu um pouco de paciência. Respeitei, entendi a situação porque depende de algumas diligências e, inclusive, o inquérito policial. Amanhã eu volto aqui para ter a cópia completa do inquérito.

Eles falaram algo sobre os depósitos?

Advogado Ariovaldo Moreira: Na verdade, não é um recurso que ele tinha de R$ 400 mil na conta-corrente. Isso aí é um dinheiro que circulou na conta dele em determinado período. Então, ele até mesmo explicou, que ele fazia as aplicações em bitcoin, em moeda virtual, e era depositado o dinheiro, sacado o dinheiro, mas na verdade o movimento dele, ele declara o movimento dele na ordem de R$ 200 mil.

E da esposa?

Advogado Ariovaldo Moreira: Era ele que movimentava a conta dela. Ela muito pouco sabe. Ela não sabia detalhes acerca da moeda virtual, como funciona, como opera. Ele operava em nome dela e usava a conta dela.

De onde vem a aplicação inicial para você conseguir esse rendimento em bitcoin? Porque por mais que você tenha um valor, você tenha uma explosão da moeda virtual, assim, a renda que ele declara é muito aquém.

Advogado Ariovaldo Moreira: Esse seu questionamento foi um questionamento inclusive do delegado que está à frente da investigação. Ele deu início a essa negociação de moeda virtual há muitos anos e nós vamos fazer prova disso. Na época, inclusive, ele adquiria isso com jogos. Eu não entendo bem desse tipo de...

Com jogo de videogame?

Com jogo de videogame. Segundo consta, lá atrás se adquiria esse tipo de moeda, esse tipo de numerário por meio de jogos. E ele declarou isso e nós temos condições de fazer prova nesse sentido.

Eu queria que o senhor me esclarecesse. O Walter disse para ele que ia vender?

Walter disse para ele que a intenção seria, na hora que ele mostrou as informações para o meu cliente, meu cliente falou para ele mais de uma vez: "Rapaz, isso é um pouco perigoso, toma cuidado". E ele falou: "A minha intenção é vender para o Partido dos Trabalhadores. E o meu cliente narrou que o Walter é um sujeito bem propenso ao Partido dos Trabalhadores. É uma pessoa que tem uma certa simpatia ao Partido dos Trabalhadores.

Ele chegou a vender, a procurar alguém?

Meu cliente não tem essa informação. A única coisa que meu cliente narrou é que o Walter disse para ele a intenção de vender isso para o Partido dos Trabalhadores. Se ele vendeu, se ele não vendeu, se ele entregou esse material gratuitamente para alguém, isso nós não sabemos.

Tem uma ideia de quanto tempo tem isso?

Acredito que há uns três meses atrás.

Essa informação do PT não é curiosa? Porque o Walter é filiado ao DEM pelo menos desde 2007.

O delegado questionou isso, mas o Gustavo não soube responder. O que o Gustavo sabe é que Walter, ele tem uma certa afinidade com o Partido dos Trabalhadores.

Ele sabe explicar como as informações chegaram ao Glenn?

Não sabe dizer. Ele sabe é que o Walter tinha realmente as interceptações do juiz Sergio Moro.

E também não sabe dizer se ele vendeu pra eles?

Não sabe o destino que ele deu. Porque na verdade o Walter é uma pessoa muito difícil, né? No primeiro momento, o Gustavo não acreditou quando ele encaminhou para ele parte das conversas. Aí, num segundo momento, que além das conversas do juiz, ele apresenta outras pessoas interceptadas, que, segundo consta, que, segundo o Walter narra, foi ele que interceptou.

Foi o Walter que invadiu essas contas? É isso?

Não posso afirmar. O meu cliente disse que ele apresentou isso para ele, mas se foi o Walter que invadiu, eu não tenho essa informação.

Qual foi o tipo de relação que o Gustavo teve com o Walter? Foi só esse tipo de apresentar mesmo as mensagens e ele se recusou e depois não teve mais contato? Como foi?

Eles tiveram um problema um tempo atrás, que o Walter invadiu o telefone do meu cliente. Raptou tanto o Instagram [ele se corrige], Telegram, me perdoem, ele raptou tanto o Telegram quanto o Whatsapp. No primeiro momento, ele negou que seria ele e, no segundo momento, confessou que "fui eu. Fui eu que fiz isso no seu telefone".

Por que?

Ele se vangloriou do que ele tinha feito. Para se vangloriar e da conta de que ele seria um hacker.

Qual a natureza do relacionamento dos dois?

Eles são amigos há muitos anos.

Embora ele fale que ele seja difícil, ele tem acesso a informações privilegiadas do Walter.

Ele estava sem falar com o Walter há algum tempo, em função dessa situação de ele ter invadido o telefone do meu cliente. Depois de um tempo que ele vem e apresenta, até uma forma de se aproximar do meu cliente, mostra a mensagem que ele teria extraído do telefone do juiz Sergio Moro.

Sobre o IP?

Sobre o IP, na verdade ele não foi nem questionado sobre o IP. O próprio delegado deu conta de que isso depende de perícia. Então, qualquer coisa que ele disser neste momento seria prejudicado em função da perícia.

E para que outras autoridades que o Walter passou as informações?

Na verdade, ele não passou para o meu cliente as autoridades. Ele mostrou a tela do computador e, dentre as pessoas, ele narrou, inclusive, em um dos ícones lá do Telegram estava lá. Não era nem "juiz Sergio Moro" ou "Sergio Moro", era "Moro", dentre outras autoridades que ele não se recorda o nome.

Mas eram de onde? Da justiça?

Sim, da Justiça.

Eles chegaram a atuar neste ultimo final de semana ou isso foi descartado?

Não. O meu cliente em momento algum confessa que ele fez isso. A pergunta do senhor é até quando eles atuaram. O meu cliente nega que tenha feito isso, nega que tinha conhecimento profundo do que estava acontecendo. O que ele diz é que o Walter informou isso a ele. Agora, até quando isso foi, ele não narrou. A informação é de que isso aconteceu há três meses atrás.

Por Hamanda Viana, TV Globo — Brasília

PT diz que operação da PF é ‘armação contra o partido’

Advogado afirmou que intenção de suposto hacker

 era vender conversas de Moro para o PT.

Gustavo Santos, um dos presos na Operação Spoofing, contou nesta quarta-feira (24) à Polícia Federal (PF) que outro investigado, Walter Delgatti Neto, lhe disse que pretendia vender ao Partido dos Trabalhadores (PT) conversas interceptadas do ministro da Justiça, Sergio Moro.

O conteúdo do depoimento à PF foi revelado a jornalistas por Ariovaldo Moreira, advogado de Santos:

“O Walter disse [a Gustavo Santos] que a intenção seria vender ao PT. Meu cliente não sabe se ele [realmente] vendeu ou não, se entregou de graça para alguém, meu cliente não sabe.”

Santos, que é amigo antigo de Delgatti, nega que tenha participado da invasão de contas de Telegram de autoridades. Segundo Moreira, seu cliente estava afastado de Delgatti, após ele próprio ter sido hackeado pelo amigo.

Delgatti, então, teria mostrado as mensagens no seu computador, por meio de uma ligação de vídeo com Santos, numa possível tentativa de reaproximação.

O PT preparou nota na qual afirma que o inquérito aberto para investigar a invasão de telefones do ministro Moro e de outras autoridades é “mais uma armação contra o partido”.

No texto, assinado pela presidente da sigla, deputada federal Gleisi Hoffmann, e seus líderes no Congresso, a legenda afirma que Moro comanda a investigação da PF “com o claro objetivo de produzir mais uma armação contra o PT”.

“As investigações da PF sobre as pessoas presas em São Paulo confirmam a autenticidade das conversas ilegais e escandalosas que Moro tentou desqualificar nas últimas semanas”, diz a sigla.

“Acuado, o ex-juiz repete seus conhecidos métodos: prisões espetaculares e vazamentos direcionados contra seus adversários”, acrescenta.

O PT classifica como “criminosa a tentativa de envolver” a sigla “num caso em que é Moro que tem de explicar e em que o maior implicado é filiado ao DEM”.

RENOVA Mídia.

Suspeito de hackear Moro diz que outro investigado pretendia vender conteúdo ao PT

© MAURO PIMENTEL/AFP Moro reportou à PF uma 

tentativa de invasão do seu celular em 4 de junho

Gustavo Santos, um dos suspeitos de ter invadido contas do aplicativo de mensagens Telegram de autoridades, contou nesta quarta-feira à Polícia Federal (PF) que outro investigado, Walter Delgatti Neto, lhe disse que pretendia vender ao PT conversas interceptadas do ministro da Justiça, Sergio Moro.

O conteúdo do depoimento à PF foi revelado a jornalistas pelo advogado de Santos, Ariovaldo Moreira.

"O Walter disse (a Gustavo Santos) que a intenção seria vender ao PT. Meu cliente não sabe se ele (realmente) vendeu ou não, se entregou de graça para alguém, meu cliente não sabe", disse Moreira.

Santos, que é amigo antigo de Delgatti, nega que tenha participado da invasão de contas de Telegram de autoridades. Segundo Moreira, seu cliente estava afastado de Delgatti, após ele próprio ter sido hackeado pelo amigo.

Delgatti, então, teria mostrado as mensagens no seu computador, por meio de uma ligação de vídeo com Santos, numa possível tentativa de reaproximação.

Moro reportou à PF uma tentativa de invasão do seu celular em 4 de junho. Já os procuradores da Lava Jato em Curitiba notaram ação semelhante em abril, segundo a polícia.

Santos, Delgatti e mais duas pessoas foram presas provisoriamente na terça, suspeitos de formar uma organização criminosa.

A polícia não apresentou, até o momento, evidências que confirmem ou descartem que a atuação do grupo tenha relação com as conversas que vêm sendo reveladas desde 9 de junho pelo site The Intercept Brasil, envolvendo Moro, o chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e outros procuradores. Caso os diálogos sejam verdadeiros, indicam uma atuação ilegal de Moro a favor da acusação nos casos da Lava Jato.

No Twitter, no entanto, o atual ministro da Justiça relacionou as prisões desta terça-feira com as mensagens divulgadas pelo Intercept Brasil.

"Parabenizo a Polícia Federal pela investigação do grupo de hackers, assim como o MPF e a Justiça Federal. Pessoas com antecedentes criminais, envolvidas em várias espécies de crimes. Elas, a fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime", escreveu.

O Intercept Brasil diz que recebeu o conteúdo de uma fonte anônima, semanas antes do dia 4 de junho, quando Moro reportou a invasão. Todas as conversas divulgadas até agora envolvem Dallagnol, indicando que o material em posse do site veio da conta de Telegram do procurador.

Como teria sido a invasão?

A investigação da Polícia Federal que levou às prisões indica que o hackeamento de autoridades ocorreu na conta do aplicativo de mensagens do Telegram, por meio da interceptação do envio de um código pelo aplicativo para sincronizá-lo fora do aparelho celular, em computadores.

Segundo a polícia, os investigados usaram tecnologia VOIP (serviços de voz sobre IP), que permite a realização de ligações via computadores, telefones convencionais ou celulares de qualquer lugar do mundo.

O serviço utilizado no caso foi prestado pela microempresa BRVOZ, aponta a investigação. Por meio desse serviço, diz a decisão, "o cliente/usuário da BRVOZ utilizando a função 'identificador de chamadas' pode realizar ligações telefônicas simulando o número de qualquer terminal telefônico como origem das chamadas".

Com essa tecnologia, os investigados teriam solicitado o código de acesso para ativar o serviço Telegram Web (uso do aplicativo de conversas no computados) por meio de ligação telefônica.

O invasor, então, teria realizado diversas ligações para o número de Sergio Moro, com objetivo de manter a linha ocupada, para que a ligação contendo o código de ativação do serviço Telegram Web fosse direcionada para a caixa postal da vítima.

O ministro havia relatado ter recebido ligações de seu próprio número no dia 4 de junho, o que pode configurar essa tentativa de bloquear a linha.

O uso desse mesma tecnologia permite que sejam feitas ligações para a caixa postal, com o uso simulado da linha telefônica da vítima. Com isso, é possível ouvir a mensagem enviada pelo Telegram com o código para acesso no computador.

Segunda a decisão judicial, a PF passou, então, a "verificar as rotas e interconexões das ligações efetuadas para o telefone que era utilizado pelo Sr. Ministro da Justiça e Segurança Pública, notadamente das ligações que foram originadas do próprio número telefônico da vítima".

"Assim identificou-se a rota de interconexão com a operadora Datora Telecomunicações Ltda que transportou as chamadas destinadas ao número do Sr. Ministro Sérgio Moro, após ter recebido as chamadas através da rota de interconexão baseada em tecnologia VOIP", continua a decisão.

Após a análise do sistema da BRVOZ, a PF identificou que todas as ligações efetuadas para o telefone de Moro partiram do usuário cadastrado em nome de Anderson José da Silva.

Essa foi também a origem de ligações destinadas a outras autoridades públicas que tiveram o aplicativo Telegram invadido de forma ilícita, como o desembargador Abel Gomes (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), que julga casos da Lava Jato no Rio de Janeiro na segunda instância judicial, além do juiz federal Flávio Lucas (18ª Vara Federal do Rio de Janeiro) e os delegados de Polícia Federal Rafael Fernandes (SR/PFISP) e Flávio Vieitez Reis (DPF/CAS/SP).

A investigação identificou ainda que "os clientes BRVOZ" realizaram 5616 ligações em que o número de origem era igual ao número de destino.

Paulo Guedes relata ter sido vítima

Segundo o delegado João Vianey Xavier Filho, cordenador geral de inteligência da PF, agentes encontraram equipamentos compatíveis com essas práticas nos endereços dos suspeitos, durante as buscas realizadas na terça. Ele disse que há conversas das contas hackeadas que foram baixadas pelos investigados e armazenadas nos computadores - o material será ainda periciado.

"Encontramos um computador contendo vários atalhos para acesso de contas de aplicativos de mensagens, confirmando as suspeitas de que havia captura sistemática de contas de aplicativos de mensagem", contou, em breve apresentação a jornalistas.

"Dos cruzamentos preliminares realizados, verificou-se que aproximadamente mil números de telefone foram alvo desse mesmo modus operandi por essa quadrilha", ressaltou ainda.

De acordo com o perito criminal federal Luiz Spricigo Júnior, diretor do Instituto Nacional de Criminalística, outro indício do envolvimento dos presos preventivos nas recentes invasões dos celulares de autoridades foi a identificação de uma conta salva como Paulo Guedes, nome do ministro da Economia, no material apreendido na operação.

"Mas ainda precisa ser confirmado na perícia (que se trata da conta de Telegram do ministro)", ressaltou.

Guedes relatou ter sido hackeado nesta segunda.

O delegado e o perito não aceitaram responder perguntas de jornalistas após a breve apresentação, sob a justificativa de que as investigações ainda estão em andamento, sob sigilo.

Na casa de um dos investigados, também foram encontrados quase R$ 100 mil em espécie. Para Vianey, eles "estão de alguma forma ou outra vinculadas a fraudes bancárias eletrônicas, em diferentes graus".

Os presos

Os outros dois presos, além de Gustavo Santos e Walter Delgatti Neto, são Danilo Cristiano Marques e Suelen Priscila de Oliveira, namorada de Santos.

Para chegar aos quatro suspeitos, a PF analisou os IPs (protocolos de internet) atribuídos aos dispositivos (computador ou smartphone) que se conectaram ao VOIP da empresa BRVOZ. Os endereços dos usuários desses IPs foram descobertos por meio dos registros cadastrais fornecidos pelos provedores de internet.

"As prisões temporárias dos investigados são essenciais para colheita de prova que por outro meio não se obteria, porque é feita a partir da segregação e cessação de atividades e comunicação dos possíveis integrantes da organização criminosa, podendo-se com isso partir-se, sendo o caso, para provas contra outros membros da organização e colheita de depoimentos de testemunhos sem a influência ou interferência prejudicial dos indiciados", justificou o juiz.

Um relatório de informações financeiras apontou movimentações suspeitas de Gustavo Santos e Suelen Oliveira. Segundo a PF, ele movimentou em sua conta bancária R$ 424 mil entre 18 de abril e 29 de junho deste ano, enquanto em seu cadastro no banco conste a renda mensal de R$ 2.866.

Já Oliveira movimentou R$ 203,5 mil entre sete de março e 29 de maio, tendo renda mensal cadastrada de R$ 2.192.

Por causa dessas movimentações, a decisão judicial autorizou a quebra de sigilo bancário dos quatro suspeitos para "realizar o rastreamento dos recursos recebidos ou movimentados pelos investigados e de averiguar eventuais patrocinadores das invasões ilegais dos dispositivos informáticos (smartphones)".

O advogado de Santos disse que o valor movimentado vem de operações com bitcoin (moeda virtual) e que seu cliente apresentará provas disso.

O juiz autorizou, ainda, a quebra do sigilo nas comunicações dos quatro por emails.

BBC News Brasil

Saque do abono do PIS/Pasep começa hoje; veja quem tem direito

© Nadia Sussman/Getty Images Caixa: valor a ser recebido

é proporcional ao tempo de serviço ao longo do ano

Começa nesta quinta-feira (25), o pagamento do abono salarial do PIS/Pasep 2019/2020, no valor de até um salário mínimo (998 reais), para pessoas que trabalharam com carteira assinada ou como servidores públicos em 2018.

Os beneficiários nascidos em julho são os primeiros a receber o benefício. Os pagamentos são disponibilizados de forma escalonada conforme o mês de nascimento do trabalhador. Os titulares de conta individual na Caixa com cadastro atualizado e movimentação na conta recebem o crédito automático antecipado. 

Têm direito ao benefício aqueles que trabalharam formalmente por pelo menos 30 dias em 2018, recebendo salário médio no valor máximo de dois salários mínimos (até 1.996 reais por mês). O trabalhador também precisa estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e os dados informados pelo empregador ao sistema precisam estar corretos.

O valor a ser recebido é proporcional ao tempo de serviço ao longo do ano, indo de 1/12 o valor da salário mínimo (84 reais) para quem completou um mês de serviços até o máximo de 998 reais para quem trabalhou o ano inteiro.

Os trabalhadores da inciativa privada, inscritos no PIS (Programa de Integração Social), recebem o abono por meio da Caixa, e o calendário é escalonado de acordo com o mês de nascimento: os primeiros são os nascido em julho, com crédito disponível a partir de 25 de julho. Correntistas ativos da Caixa recebem o crédito automático antecipado.

O saque pode ser feito em qualquer agência da Caixa com apresentação de documento oficial. Quem possui Cartão do Cidadão ativo, pode ainda retirar o dinheiro no caixa eletrônico da Caixa, em uma casa lotérica ou em um ponto de atendimento Caixa Aqui.

Já para os funcionários públicos, ligados ao Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), os pagamentos são feitos pelo Banco do Brasil, e o calendário de saques segue o número de inscrição no Pasep. Os primeiros a receber são aqueles com número de inscrição de final 0.

Os saques devem ser feitos nas agências do Banco do Brasil, com apresentação de documento oficial de identidade. Correntistas e poupadores do BB recebem o crédito em conta com até três dias úteis de antecedência em relação ao calendário oficial.

Os valores do abono do PIS/Pasep referentes a 2018 ficam disponíveis até 30 de junho de 2020. Todos os trabalhadores que tiverem direito e não sacarem o pagamento até esta data perdem o benefício.

Veja o calendário de saque:

Funcionários da iniciativa privada – PIS (Caixa)

NASCIDOS EM

INÍCIO DOS PAGAMENTOS

CRÉDITO EM CONTA

Julho

25/07/2019

23/07/2019

Agosto

15/08/2019

13/08/2019

Setembro

19/09/2019

17/09/2019

Outubro

17/10/2019

15/10/2019

Novembro

14/11/2019

12/11/2019

Dezembro

12/12/2019

10/12/2019

Janeiro

16/01/2020

14/01/2019

Fevereiro

16/01/2020

14/01/2019

Março

13/02/2020

11/02/2019

Abril

13/02/2020

11/02/2019

Maio

19/03/2020

17/03/2019

Junho

19/03/2020

17/03/2019

Servidores públicos – Pasep (Banco do Brasil)

FINAL DA INSCRIÇÃO

INÍCIO DOS PAGAMENTOS

0

25/07/2019

1

15/08/2019

2

19/09/2019

3

17/10/2019

4

14/11/2019

5

16/01/2020

6

13/02/2020

7

13/02/2020

8

19/03/2020

9

19/03/2020

 Karla Mamona

Ex-coordenador de Posturas de Arraial do Cabo e outros dois são presos em operação da Polícia Civil

Leonardo Coutinho, o Léo da Postura, foi preso 

nesta quarta-feira (24) em Arraial do Cabo, no RJ 

Foto: Polícia Civil / Divulgação

Segundo Polícia, trio cobrou propinas para fornecer licenças a ambulantes e comerciantes do município, entre 2016 e 2018. Prisões são preventivas.

O ex-coordenador de Posturas e atual assessor do secretário de Segurança Pública de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio, Leonardo da Costa Coutinho, e outros dois ex-funcionários também do setor de Posturas, Victor Pimentel Moraes e Antônio Cássio do Nascimento, tiveram a prisão preventiva decretada nesta quarta-feira (24).

O trio passou quatro meses sendo investigado pela operação RPG da Polícia Civil por suposta cobrança de propinas para fornecer licenças para ambulantes e comerciantes do município, entre 2016 e 2018.

De acordo com a Polícia Civil, os presos foram encaminhados para o sistema penitenciário em Benfica, no Rio, e vão responder 13 vezes pelo crime de concussão, duas vezes por coação e, também, por associação criminosa.

Além das prisões, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

Por meio de nota, a Prefeitura de Arraial do Cabo informou que vai instaurar uma sindicância para apurar os atos e verificar possíveis desvios de conduta de funcionários.

Material apreendido durante operação contra

funcionários de Posturas em Arraial do Cabo.

Foto: Laila Hallack / Inter TV RJ

O município disse que Leonardo Coutinho foi afastado do cargo até que a apuração administrativa seja concluída.

A nota segue dizendo ainda que "o prefeito [Renatinho Viana] e o Secretário de Segurança Pública, Heitor Sodré, reiteram que todas as medidas serão tomadas e que repudiam qualquer comportamento inadequado por parte dos funcionários. A Prefeitura se coloca à disposição para esclarecer qualquer dúvida aos órgãos competentes e colaborar com as investigações", conclui.

O G1 tenta contato com a defesa dos presos.

Por G1 — Região dos Lagos

Dois suspeitos de tráfico são mortos durante troca de tiros com a PM em Arraial do Cabo

Material apreendido foi apresentado na 132ª Delegacia

de Polícia em Arraial do Cabo. Foto: Laila Hallack/ Inter TV

Dois homens suspeitos de tráfico de drogas foram mortos durante uma troca de tiros com a Polícia Militar nesta quarta-feira (24) no Morro da Cabocla, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio.

Segundo a polícia, os agentes faziam um patrulhamento pela comunidade após receberem informações de que homens armados estavam na subida do morro.

Os policiais se dirigiram até o local e foram recebidos a tiros pelos criminosos.

Moradores registraram imagens da intensa troca de tiros na comunidade. Ninguém foi preso.

Drogas foram apreendidas após trocas de tiros

Foto: Laila Hallack/ Inter TV

De acordo com a PM, os homens baleados chegaram a ser socorridos e encaminhados para o Hospital Municipal de Arraial, mas não resistiram aos ferimentos.

Durante a operação, 64 pinos de cocaína, 28 buchas de maconha, uma pistola 9 mm com kit rajada e um revólver calibre 38 com munições foram apreendidos.

Por G1 — Região dos Lagos

Via Lagos terá serviços gratuitos de saúde pelo Dia do Motorista nesta quinta

Equipe vai realizar atendimentos a motoristas na RJ-124

nesta quinta-feira (25) — Foto: CCR ViaLagos / Divulgação

Motoristas que passarem pelo km 22 da RJ-124, ao lado da praça de pedágio, poderão verificar níveis de glicose e pressão arterial com equipe médica.

A RJ-124, Via Lagos, vai receber serviços gratuitos de saúde no km 22 da rodovia, ao lado da praça de pedágio, em Rio Bonito, no interior do Rio. A ação será realizada nesta quinta-feira (25) em comemoração ao Dia do Motorista.

As atividades serão promovidas pela CCR ViaLagos, concessionária que administra a via. Uma equipe médica vai verificar os níveis de glicose e pressão arterial de quem passar pelo local, das 8h às 18h.

Lucileide Pereira, responsável pela equipe médica, disse que a intenção é conscientizar os motoristas.

“Diariamente na ViaLagos atuamos pela preservação da vida e com essa ação queremos alertar e conscientizar o público para a prevenção e cuidados com a saúde”, disse Lucileide

Justiça nega liminar e André Granado segue fora da Prefeitura de Búzios

André Granado, prefeito eleito de Armação

dos Búzios, segue afastado do cargo.

 Foto: Prefeitura de Búzios / Divulgação

Henrique Gomes continua no cargo à frente da Prefeitura da cidade.

O juiz da 2ª Vara de Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio, Raphael Baddini, não aceitou o pedido de liminar que recolocaria André Granado na Prefeitura do município. Com isso, Henrique Gomes, vice-prefeito eleito junto com André, segue ocupando o cargo.

No despacho, o juiz argumentou que os moradores "estão sendo diariamente prejudicados pelas mudanças de secretários, subsecretários, servidores ocupantes de cargo em comissão e mesmo anulação de todos os atos anteriores dos chefes do poder executivo que ocuparam a cadeira principal ao longo das inúmeras disputas processuais em trâmite”.

A assessoria de André Granado, que havia dito que ele voltaria à Prefeitura nesta quarta-feira (24), disse que ficou perplexa com a medida.

A Prefeitura de Búzios informou que a decisão do juiz Baddini, segue o consenso da 21ª Câmara Cível, que por 3 votos a zero, em julgamento realizado na terça-feira (23), manteve o afastamento de André Granado do cargo.

Por meio de nota, Henrique Gomes disse que, como todos os cidadãos de Búzios, também espera uma decisão definitiva sobre a condução do município, mas se empenha na "oportunidade de estar à frente da Prefeitura para dar ênfase a uma gestão baseada nos princípios da economicidade e transparência".

A nota termina dizendo que Henrique Gomes dará "continuidade ao trabalho com seriedade e respeito aos servidores e munícipes em geral deixando, a cargo da Justiça, a decisão final".

André está afastado da Prefeitura desde o último dia 11, devido a uma suposta fraude em um boletim oficial de 2013. Sete dias antes, André tinha voltado à Prefeitura após o desembargador Guaraci de Campos Viana anular uma decisão de maio de 2019 que determinava que o prefeito eleito fosse retirado do cargo.

André Granado é acusado de improbidade administrativa por ter, segundo a denúncia, suspendido a contratação de aprovados em concurso público de 2012 quando assumiu a Prefeitura, em 2013.

Segundo um levantamento feito pela Inter TV, a Justiça já determinou o afastamento de André Granado por nove vezes. A assessoria do prefeito confirmou ao G1 que foram realizados, pelo menos, três afastamentos de Granado, do ano passado para cá.

Por G1 — Região dos Lagos

PM recupera carga de cigarro roubada após troca de tiros com suspeitos em Iguaba Grande

Carga de cigarro é recuperada em Iguaba Grande.

 Foto: Polícia Militar/Divulgação

Foram recuperados 8.110 carteiras de cigarro e três pacotes de fumo. Ninguém foi preso.

A Polícia Militar recuperou uma carga de cigarros roubada após uma troca de tiros com suspeitos nesta terça-feira (23) em Iguaba Grande, na Região dos Lagos do Rio. A operação aconteceu na RJ-124, no km 40, na altura do bairro Engenho Novo.

Segundo a PM, um representante da empresa foi até o local e informou que todo o material roubado foi recuperado e que a carga tem um valor estimado a R$ 59 mil.

De acordo com a PM, os agentes estavam em patrulhamento pela rodovia quando notaram a presença de um carro que já haviam recebido a informação de ter sido usado em um roubo.

A polícia informou que ao se aproximarem do veículo, dois homens fugiram para uma mata onde houve a troca de tiros. Os homens conseguiram fugir.

Os policiais informaram que foram até o carro e constaram ainda que ele era roubado e encontram a carga.

Ao todo, a polícia recuperou 8.110 carteiras de cigarro, três pacotes de fumo e 168 outros itens, como isqueiros.

O veículo e a carga foram encaminhados para a 129ª Delegacia de Polícia onde o caso foi registrado.

Por G1 — Região dos Lagos

Suspeitos de roubo de carro são detidos com arma em Maricá

Material apreendido foi encaminhado para a 82ª DP,

 em Maricá.  Foto: Divulgação/Polícia Militar

Segundo a Polícia Militar, os suspeitos saíram de São Gonçalo.

Dois jovens de 19 e 24 anos foram detidos na noite desta terça-feira (23) por suspeita de roubarem um veículo na localidade de São Bento da Lagoa, no distrito de Itaipuaçu, em Maricá (RJ).

Segundo a Polícia Militar, os homens foram encontrados com uma pistola, 14 munições e quatro celulares.

Ainda de acordo com a PM, a dupla foi encontrada minutos depois de ter assaltado um homem e levar o veículo. Segundo a PM, os suspeitos saíram de São Gonçalo.

A polícia informou também que um dos detidos tem três anotações criminais por tráfico de drogas e roubo e o outro é suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas no bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo.

Por G1 — Região dos Lagos

Mulher diz que hospital mentiu por 4 meses sobre envio de rim do marido para biópsia: 'Órgão nunca saiu de lá'

Maristher correu com o rim do marido para uma unidade

particular depois de esperar quatro meses por resultado de

 biópsia que nunca foi feita em Nova Friburgo.

 Foto: Reprodução / Inter TV

Desesperada, costureira foi atrás do rim em hospital público de Nova Friburgo (RJ), o recebeu num galão de suco de maracujá e correu para clínica particular. Marido questiona: 'Será que vai ter jeito agora?'.

A costureira Maristher Fukuoka, de 56 anos, afirma que só após quatro meses de espera pelo resultado da biópsia de um rim retirado do marido, descobriu que o Hospital Raul Sertã, em Nova Friburgo, na Região Serrana, não havia sequer encaminhado o órgão para análise no Rio de Janeiro, apesar dessa ter sido a informação recebida por ela no mês de março e que o resultado sairia de um a dois meses.

Ela conta que a informação verdadeira só veio em 13 de julho, após procurar a unidade dezenas de vezes em busca do resultado, que diria se o tumor do marido, Sebastião Mury, de 62 anos, é benigno ou maligno.

"A funcionária me disse: 'Não vou mais te enganar. O rim nunca saiu do hospital", contou .

Ela ainda esperou mais alguns dias, mas, em vez do resultado, ao ir ao hospital com o marido no dia 17 de julho, ela recebeu o rim do marido em um galão de suco de polpa de maracujá.

Foi então que a costureira, mesmo com poucas condições, correu para uma unidade particular para fazer o exame, que só ficará pronto em 14 de agosto.

"A funcionária ainda disse em tom de deboche que, se eu quisesse, poderia procurar o Ministério Público. Também falou que era comum que os pacientes pegassem os órgãos e fizessem as biópsias em clínicas particulares e que, inclusive, ela mesma tinha feito isso com o de um parente", relatou a costureira.

A cirurgia de Sebastião para a retirada do rim ocorreu no dia 20 de março. Quando ele teve alta, no dia 23 de março, Maristher conta que foi informada pelo hospital que o órgão tinha sido enviado para uma clínica no Rio, onde seria feita a biópsia, já que o exame não estava sendo feito no hospital.

Maristher lamenta terem tirado dela a chance de buscar outra alternativa por omitirem por tanto tempo uma informação. Ela conta que pagou R$ 600 pelo exame e dividiu em três vezes no cartão.

Abalada emocionalmente e com a voz fraca, Maristher disse ao G1 que o marido está preocupado com toda essa demora e que tem andado deprimido.

"Ele está com medo e fica me questionando: 'passou tanto tempo. Será que vai ter jeito agora?'".

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Nova Friburgo disse que foi criada uma comissão para analisar o caso. Afirmou ainda que diversas reuniões estão ocorrendo e, posteriormente, será emitido um parecer sobre esta situação especificamente.

A secretaria disse ainda que, atualmente, várias biópsias estão em processamento e cerca de 230 "peças", entre órgãos e outros materiais, estão aguardando para serem analisados.

Sobre as demandas reprimidas, a secretaria disse que foi devido ao desligamento de um profissional que realizava o serviço, mas afirmou que foi providenciada a contratação de um novo profissional e que o serviço será normalizado em breve.

A perda do rim

A costureira disse que o marido nunca tinha sentido nada. Até que no dia 14 de março deste ano começou a ter dores e achou que era uma crise renal. No dia 15, foi ao hospital pela primeira vez, colocaram uma sonda nele e ele foi para casa.

À noite, Maristher afirmou que a sonda entupiu e eles voltaram para a unidade. Sebastião ficou internado e fez a cirurgia no dia 20 daquele mês.

"O médico disse que era um tumor e que tinha que retirar o rim para fazer a biópsia. Agora, o cirurgião fica cobrando o resultado do exame e a gente não tem".

Sebastião é aposentando, mas trabalhava como mecânico. Segundo a costureira, desde que operou ele não pôde mais fazer esforço. A renda da família é a aposentadoria dele mais os trabalhos que Maristher faz. "Tem semanas que têm costura para fazer, mas às vezes não tem", contou.

Armazenamento

O município disse ainda que as peças de biópsia, neste caso o rim, são normalmente armazenadas em recipientes plásticos comuns, após serem devidamente higienizados e esterilizados.

Segundo os profissionais de Patologia do Hospital Municipal Raul Sertã, a prática é comum até mesmo em unidades hospitalares da rede particular e não implica em alterações nos resultados dos exames.

De acordo com a Prefeitura, o procedimento para o armazenamento correto do material é através da imersão em formol e não em geladeira. Na quantidade ideal de formol, a peça se mantém conservada por anos.

A respeito do rótulo no recipiente, em que consta escrito "polpa de maracujá", o município disse que será instaurado um inquérito administrativo para identificar os responsáveis e aplicar as sanções cabíveis.

Investigação

Diante de todo o descaso, Maristher afirmou que procurou a 151ª Delegacia de Polícia e registrou ocorrência.

O G1 tenta contato com a Polícia Civil para saber se foi aberto inquérito para investigar o caso.

A equipe de reportagem também procurou o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).

Sobre o fato do hospital ter mentido para a mulher do paciente, o Cremerj disse que só pode apurar se houver uma denúncia oficial.

Já no que diz respeito ao procedimento de armazenar órgãos em recipientes diversos, o Conselho afirmou que é rotineiro em hospitais, desde que respeitem algumas regras, como o uso adequado do formol.

Com relação ao atraso na realização do exame, o Cremerj disse que cabe ao hospital fornecer as devidas explicações, assim como, no caso do uso de um galão de suco para armazenar o rim, também cabe à unidade apurar os fatos internamente.

Por Aline Rickly, G1 — Região Serrana

Interventor diz que BRT foi construído ao longo de mais de 200 favelas do Rio e sem medidas de segurança

Interventor do BRT comenta relatório com

recomendações sobre o sistema

Globocop flagrou, nesta quinta-feira (25), um possível furto de cabos em uma das plataformas na Zona Oeste do Rio.

O interventor do BRT, Luiz Alfredo Salomão, disse que as estações do BRT foram construídas ao longo de 240 favelas do Rio de Janeiro e sem nenhuma medida de segurança. A afirmação foi dada durante entrevista ao Bom Dia Rio nesta quinta-feira (25).

Entre calotes e depredações, os problemas são constantes nas estações. Por volta das 7h40 desta quinta, o Globocop flagrou um possível furto de cabos em uma das plataformas na Zona Oeste do Rio.

Nas imagens exibidas ao vivo, um homem aparece agachado na estação manuseando o que seriam os cabos, enquanto outro homem fica ao lado dando cobertura. Em seguida, eles envolvem a fiação com uma toalha e saem acompanhado de mais uma mulher em direção à Cidade de Deus.

Relatório aponta que 13 estações não deveriam ter sido construídas

Nesta quarta-feira (24), o interventor apresentou um relatório finalque indica que 13 estações do sistema de transporte não deveriam ter sido construídas.

Além disso, o documento também sinaliza que o Terminal Santa Cruz, na Zona Oeste, deveria ser três vezes maior.

Veja mais detalhes sobre o relatório final da intervenção no BRT

Estações que não deveriam ter sido construídas:

Ibiapina;

Catedral do Recreio;

Parque da Esperança;

Cândido Magalhães;

Dom Bosco;

Júlia Miguel;

Gramado;

Recanto das Garças;

Tapebuias;

Golfe Olímpico;

Ilha Pura;

Ctex;

Embrapa.

O levantamento indica que nessas 13 estações passam menos de 500 passageiros por dia, e ainda há outras 10 estações com volume diário entre 500 e 1 mil passageiros.

"Trata-se de um desperdício absurdo de recursos: faltam estações adequadas nas proximidades de Santa Cruz e sobram estações que não deveriam ter sido construídas", aponta o documento.

Por Bom Dia Rio