Interventor diz que BRT foi construído ao longo de mais de 200 favelas do Rio e sem medidas de segurança

Interventor do BRT comenta relatório com

recomendações sobre o sistema

Globocop flagrou, nesta quinta-feira (25), um possível furto de cabos em uma das plataformas na Zona Oeste do Rio.

O interventor do BRT, Luiz Alfredo Salomão, disse que as estações do BRT foram construídas ao longo de 240 favelas do Rio de Janeiro e sem nenhuma medida de segurança. A afirmação foi dada durante entrevista ao Bom Dia Rio nesta quinta-feira (25).

Entre calotes e depredações, os problemas são constantes nas estações. Por volta das 7h40 desta quinta, o Globocop flagrou um possível furto de cabos em uma das plataformas na Zona Oeste do Rio.

Nas imagens exibidas ao vivo, um homem aparece agachado na estação manuseando o que seriam os cabos, enquanto outro homem fica ao lado dando cobertura. Em seguida, eles envolvem a fiação com uma toalha e saem acompanhado de mais uma mulher em direção à Cidade de Deus.

Relatório aponta que 13 estações não deveriam ter sido construídas

Nesta quarta-feira (24), o interventor apresentou um relatório finalque indica que 13 estações do sistema de transporte não deveriam ter sido construídas.

Além disso, o documento também sinaliza que o Terminal Santa Cruz, na Zona Oeste, deveria ser três vezes maior.

Veja mais detalhes sobre o relatório final da intervenção no BRT

Estações que não deveriam ter sido construídas:

Ibiapina;

Catedral do Recreio;

Parque da Esperança;

Cândido Magalhães;

Dom Bosco;

Júlia Miguel;

Gramado;

Recanto das Garças;

Tapebuias;

Golfe Olímpico;

Ilha Pura;

Ctex;

Embrapa.

O levantamento indica que nessas 13 estações passam menos de 500 passageiros por dia, e ainda há outras 10 estações com volume diário entre 500 e 1 mil passageiros.

"Trata-se de um desperdício absurdo de recursos: faltam estações adequadas nas proximidades de Santa Cruz e sobram estações que não deveriam ter sido construídas", aponta o documento.

Por Bom Dia Rio